Conselho Económico e Social promove cooperação em investigação sobre o teletrabalho
Conselho Económico e Social promove cooperação em investigação sobre o teletrabalho
Nesta terça-feira o Conselho Económico e Social, os parceiros sociais e a Escola Nacional de Saúde Pública assinaram um protocolo de cooperação para a concretização do estudo sobre o teletrabalho. Esta investigação tem como objetivo compreender de que forma o teletrabalho pode afetar a saúde mental e física das trabalhadoras e dos trabalhadores e consequentemente as empresas. Na sessão, o professor Julian Perelman defendeu a grande relevância do Estudo: “Sabe-se ainda muito pouco sobre o teletrabalho, aliás apenas um estudo foi feito antes da pandemia, sendo que, nesse estudo apesar de terem sido identidades vantagens, foram identificadas inúmeras desvantagens associadas especialmente à saúde mental”, afirmou o investigador.
Nas suas intervenções os parceiros sociais foram unânimes na exaltação da importância do estudo, dado que, o teletrabalho é e continuará a ser a realidade de muitos trabalhadores e trabalhadoras, pelo que é necessário investigar e identificar as vantagens e desvantagens e, posteriormente, apresentar e discutir propostas de medidas políticas. Rui Santana, Subdiretor da Escola Nacional de Saúde Pública, na sua intervenção reforçou este objectivo do Protocolo ao assinalar que com esta parceria pretendiam “desenvolver conhecimento com os parceiros e devolvê-lo ao processo de decisão”. O Presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis, reiterou a importância do estudo e do Protocolo assinado, dando, para tal, dois argumentos: “Por um lado, é importante que em Portugal se estabeleça uma melhor ligação entre o meio científico e a decisão política; isso tem falhado em Portugal e devemos sustentar as nossas posições nos dados, nas reflexões, nos estudos que a comunidade científica está a produzir para uma maior articulação entre o mundo da reflexão e o mundo do debate e discussão nos temas económicos e sociais; por outro, a pandemia acelerou de forma vertiginosa o recurso ao teletrabalho. Como em qualquer mudança, há vantagens e inconvenientes e daí a importância de estudarmos devidamente os impactos para podermos encontrar as formas de potenciarmos essas mesmas vantagens e mitigar os problemas”, defendeu Francisco Assis.
O Presidente encerrou a cessão, agradecendo à Escola Nacional de Saúde Pública por terem procurado o CES. “Não chegaram aqui com soluções. “Chegaram aqui com um problema e pediram a nossa colaboração. E assim é que deve ser para daqui podermos retirar boas soluções”, disse.
Pode consultar o Protocolo de colaboração Aqui
Pode acompanhar o desenvolvimento do Estudo Aqui