Conselho Económico e Social assinala arranque do estudo “Quem Paga a Raspadinha”
O presidente do Conselho Económico e Social garantiu, esta quarta-feira, que estão asseguradas as condições financeiras para as três fases do estudo “Quem Paga a Raspadinha” o que permite que a investigação seja concluída.
Na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação com a Universidade do Minho, responsável pela investigação, a Apifarma, a Fundação Mestre Casais, a Fundação Manuel António da Mota e a Fundação Social Bancária, entidades financiadoras da primeira fase do estudo, o presidente do CES considerou que a garantia de financiamento para que o estudo “vá até ao fim” representa uma “demonstração de que o mundo empresarial português não vive alheio àquelas que são as suas responsabilidades sociais”.
“Sem o vosso financiamento, este estudo não teria sido possível”, acrescentou, de seguida, Francisco Assis, dirigindo-se às entidades financiadoras da primeira fase do estudo, a quem falou também do papel que pode ser assumido pelo Conselho Económico e Social.
“O CES pode contribuir para que haja um acréscimo de rigor (no país) e para que as decisões tenham uma fundamentação de outra ordem, nomeadamente no âmbito da fundamentação e do conhecimento”, afirmou o presidente, apontando “a posição de distanciamento” ocupada pela instituição como vantagem para esse desígnio.
“Este estudo será feito com total independência”, assegurou Francisco Assis, dizendo esperar que a investigação permita “retirar conclusões objetivas e rigorosas que sejam colocadas ao serviço da sociedade portuguesa”.
Presente na cerimónia, o presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, destacou a importância do projeto de investigação inovador pelo facto de a lotaria instantânea estar na origem de um fenómeno “assustador” na sociedade portuguesa. Na mesma linha, o presidente da Comissão Executiva da Fundação Manuel António da Mota, Rui Pedroto, disse esperar que o estudo “faça um levantamento exaustivo e uma caraterização sócio demográfica exaustiva das populações” que investem na raspadinha, salientando “o poder da gratificação instantânea” para as pessoas, que está na origem do fenómeno.
Já o presidente da Fundação Social Bancária, Paulo Marcos, optou por destacar que a instituição “está e estará disponível” para apoiar o CES em iniciativas de idêntica relevância social e António Carlos Rodrigues, da Fundação Mestre Casais, assumiu, tal como as restantes entidades financiadoras, a estratégia da empresa de aposta na investigação e no conhecimento.
Depois de uma explicação inicial da metodologia com que pretendem realizar o estudo, por parte dos docentes e investigadores responsáveis, Pedro Morgado e Luís Aguiar-Conraria, o vice-reitor da Universidade do Minho, Eugénio Campos Ferreira, afirmou que a instituição assegura para a investigação a “competência de uma equipa multidisciplinar” e revelou “enorme expectativa” para as conclusões a retirar da segunda e terceira fases do estudo.
O objetivo do estudo “Quem Paga a Raspadinha”, passa por identificar os efeitos da lotaria instantânea, que pode estar na origem de graves perturbações na estabilidade sócio económica das famílias, a par de problemas de saúde pública, na população portuguesa.
Pode consultar o Protocolo de cooperação aqui.