Francisco Assis defende valorização do desporto
O presidente do Conselho Económico e Social considera que Portugal “precisa de uma nova cultura” no desporto, defendendo que “tem de ser devidamente incentivado, valorizado e regulado”.
Convidado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) a comentar a apresentação do estudo “Áreas prioritárias e recomendações gerais para o setor do desporto em Portugal”, que decorreu quinta-feira, 19 de maio, no Centro Cultural de Belém, Francisco Assis afirmou que somos dos países que pratica menos desporto”, salientando que “uma sociedade que pratica mais desporto é melhor”.
Para o presidente do CES, o estatuto que o desporto goza na sociedade portuguesa fica aquém do desejado, dando como exemplo o plenário do CES constituído por 77 elementos em que “o desporto não está representado”. Francisco Assis explica, por isso, a razão pela qual quer promover “uma revisão da lei, que terá de acontecer na Assembleia da República”. “Este pequeno facto, que vai ser resolvido, é indiciador de uma situação cultural”, asseverou.
No encontro, o presidente do CES aproveitou para apelar à classificação da Educação Física como “disciplina fundamental”, defendeu o aproveitamento de “novas oportunidades de emprego” que surgirão na área do desporto e associação desta atividade ao sistema de investigação científica.
Francisco Assis garantiu, ainda, que a atual conjuntura é favorável a uma nova abordagem do desporto em Portugal e referiu que é preciso “aproveitar o pós-pandemia, os apoios comunitários e um quadro de estabilidade política nacional”, para uma maior aposta e valorização dessa atividade.
No encerramento da iniciativa, o presidente do COP disse ser “muito estimulante o anúncio de que o desporto português vai estar representado no CES”, sublinhando a necessidade de um maior investimento por parte do Estado nas organizações desportivas.