Search

Francisco Assis defende que fundos comunitários devem “ajudar a mudar a estrutura económica e social do país”

 

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) considera que “é preciso fazer um grande esforço a nível nacional” para pôr em prática o pilar social europeu e defende, para isso, que sejam feitas “opções racionais, mais justas e adequadas” na utilização dos fundos comunitários. No encerramento do congresso “As IPSS nas Políticas Sociais”, promovido pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, esta quarta-feira, 8 de junho, em Viseu, Francisco Assis apelou a “uma cultura de responsabilidade e confiança plena nas instituições sociais”, lembrando que “o pilar social europeu é sobretudo um conjunto de compromissos e de manifestações de vontade”, pressupondo, por isso, “um grande esforço para alcançar esses objetivos”.

“É preciso que haja uma grande articulação entre os países europeus e a nível nacional para que consigamos alcançar esses objetivos”, referiu o presidente do CES, admitindo dificuldades na concretização das medidas.

Salientando que “foi com a presidência portuguesa da união europeia que conseguimos dar um passo fundamental para que se concretizasse plenamente o pilar social europeu”, Francisco Assis afirmou que, depois da pandemia, a invasão da Ucrânia pela Rússia está a ter “consequências económicas importantes”, cujo desfecho é imprevisível.

“Por outro lado, também estamos num período em que vamos ter acesso a fundos comunitários num valor muito elevado que podem e devem ajudar a mudar a estrutura económica e social do país”, sublinhou, destacando o papel fulcral que pode, neste contexto, ser cumprido pelas instituições sociais.

“Portugal tem de confiar mais neste tipo de instituições que os senhores representam nos vários pontos do país, porque já deram provas”, disse Assis, dirigindo-se aos presentes no auditório.

“O Estado português tem responsabilidades que impreterivelmente tem de cumprir, mas as responsabilidades podem ser delegadas e assumidas por uma sociedade civil que se sabe auto-organizar. E esse princípio é absolutamente basilar numa sociedade viva e plenamente democrática”, asseverou, reiterando a necessidade de confiança no trabalho das instituições sociais.

“Temos de construir uma sociedade onde haja mais confiança, um país onde assumamos todos plenamente a nossa responsabilidade, para que possamos todos confiar mais uns nos outros e nas instituições”, adiantou, rematando que “uma democracia em que as instituições geram desconfiança é uma democracia muito fragilizada”.

Partilhar
x

Adquirir Livro

Para adquirir este livro por favor entre em contacto com:
apoio.secretaria@ces.pt