CES de Portugal e Espanha juntos para promover investigação sobre Envelhecimento
O Conselho Económico e Social (CES) assina, esta terça-feira, 25 de outubro, um importante Acordo-Quadro de Colaboração com o Conselho Económico e Social de Espanha, o Instituto Politécnico de Bragança e a Fundação Geral da Universidade de Salamanca, com vista a impulsionar o trabalho que o Centro Internacional para o Envelhecimento (CENIE) tem vindo a realizar desde há anos face ao desafio da longevidade. A iniciativa de colaboração hispano-portuguesa promovida pela Fundação Geral da Universidade de Salamanca tem como principal objetivo envolver a sociedade nas oportunidades e desafios do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define como um dos fenómenos mais transformadores – e revitalizantes – das sociedades modernas.
O documento é assinado durante uma cerimónia na Reitoria da Universidade de Salamanca pelo presidente do CES, Francisco Assis, pelo presidente do Conselho Económico e Social de Espanha, Antón Costas, pelo presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, e pelo presidente da Fundação Geral da Universidade de Salamanca, Ricardo Rivero Ortega.
Aumento constante da esperança de vida
Desde 1950 a esperança de vida tem vindo a aumentar. Em apenas 60 anos, a esperança média de vida da população mundial a nível global aumentou 20 anos, o que permitiu alcançar uma média de 66 anos por cada habitante do planeta. Esta tendência continuará a aumentar nos próximos anos, com a previsão de que a esperança de vida média mundial aumente mais 10 anos na década atual. Espanha e Portugal fazem parte do grupo de países com populações mais longevas, numa sequência que tem vindo a aumentar sempre nos últimos anos: em 2021, as pessoas com mais de 65 anos representam 19,8% e 22,4% respetivamente em cada um destes dois países. E até 2050, para o conjunto dos dois países, prevê-se que a percentagem aumente para limiares superiores a 32%. Neste contexto, a Fundação Geral da Universidade de Salamanca, através do Centro Internacional para o Envelhecimento (CENIE), tem vindo a desenvolver um trabalho constante, promovendo quadros contínuos de colaboração que consolidam e reforçam as suas diversas atuações.
O aumento da esperança de vida e a consequente extensão da longevidade é uma das nossas conquistas mais extraordinárias como sociedade, mas implica também uma verdadeira mudança de paradigma, exigindo novos conceitos e conhecimentos, novas investigações, novas formas de experimentação e de difusão, que permitam que o prolongamento temporal da vida seja acompanhado de qualidade de vida, com igualdade de oportunidades para todos, com o propósito de construir uma sociedade mais participativa, mais aberta, mais inclusiva e mais sustentável.