Presidente do CES aponta necessidade de “dar acompanhamento técnico à Concertação Social”
O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, defendeu, esta segunda-feira, 12 de dezembro, a necessidade de “uma entidade que preste apoio técnico à Concertação Social”. Lembrando a relevância para o país da assinatura de documentos como o Acordo de Competitividade e Rendimentos, alcançado no início de outubro entre governo e parceiros sociais (com exceção da CGTP), Assis salientou a mais-valia que esse apoio poderia representar.
“Temos lacunas no processo de Concertação Social”, afirmou o presidente do CES, durante a sessão de encerramento das jornadas do CoLABOR – Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social-, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, acrescentando que “não temos uma entidade que preste apoio técnico à Concertação”.
Durante a intervenção nas jornadas que tiveram como tema “O Trabalho: Assimetrias e Mudança Socioeconómica”, o presidente do Conselho Económico e Social reiterou a importância da existência de “um fundamento técnico que sirva de base para uma discussão mais séria”, referindo a necessidade de uma “alteração da lei do CES”, “até para corrigir falhas ao nível de alguns sectores que estão indevidamente representados”.
Falando das transformações laborais e dos desafios da economia, Francisco Assis considerou que Portugal deve questionar-se, no âmbito do contexto europeu, “se ainda somos capazes de contruir um modelo eficaz de crescimento económico”.
“Nós temos níveis de crescimento medíocres, mas não estamos sozinhos”, salientou o presidente do CES, lembrando os baixos níveis de crescimento registados também por Itália, Espanha ou Grécia. “Parece evidente que as transformações geopolíticas da Europa se revelaram prejudiciais para os países do sul”, disse.
Além de um Parecer sobre o tema da Produtividade que deverá ser apresentado no próximo ano e que já contou com a realização de uma conferência, o CES quer promover no curto prazo análises e debate interno sobre os problemas da Pobreza e das Migrações.
